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de Richard Zimler
“O Último Cabalista de Lisboa é um romance cuja acção decorre em 1506 entre os judeus forçados a converter-se ao cristianismo, no reinado de D. Manuel I. Em Abril desse ano, durante as celebrações da Páscoa, cerca de 2000 cristãos-novos foram assassinados num pogrom e os seus corpos queimados no Rossio. As principais personagens pertencem a uma família de cristãos-novos residente em Alfama, cujo patriarca, Abraão Zarco, é um iluminador e membro da célebre escola cabalística de Lisboa. Depois do pogrom, ele e uma jovem rapariga são encontrados mortos na cave, com a porta fechada por dentro. (...) Estes os mistérios que terão de ser resolvidos por Berequias Zarco, sobrinho de Abraão e seu discípulo no estudo da cabala. ” (in Sinopse da Obra)
Mais um romance cuja acção decorre tendo como pano de fundo acontecimentos históricos. Neste caso o episódio dramático dos cristãos-novos no reinado de D. Manuel I. É um período que a memória nacional tenta não recordar. Parece que interessa esquecer. Mesmo quando se fala disto nas escolas, tenta-se fazê-lo com o máximo de leveza, não parando nele muito tempo. Para a nossa ideia de brandos costumes, que orgulhosamente pensamos ter, estes acontecimentos em pleno século XVI são altamente incómodos.
O romance está extraordinariamente bem escrito, com uma narrativa simultaneamente agradável e intensa. O enredo policial é muito inteligente e o desfecho espantosamente surpreendente. Vale a pena ler. Aproveitem as férias para o fazer.
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